quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Natal do Salvador

Na manjedoura um Menino nasceu
E com simplicidade e amor reinou
Seus pais na plenitude o admiraram
Os reis com seus presentes o adoram

Uma criança que ao mundo trouxe a salvação
Uma noite de amor que o mundo não esqueceu
Uma mensagem de alegria e esperança nasceu
Uma luz que até hoje ilumina almas para o bem

A vinda Dele nos torna mais humanos
E não nos deixa esquecer a irmandade
O Pai que no amor nos deu o Filho
O Filho que no amor mostrou o Pai

É Natal e os anjos elevam glória
Com louvores de alegria acolhem a Vida
O Rei que se fez pequeno numa gruta nasceu
E a Estrela nos guia para o encontro com o Filho

É noite de amor
A Promessa se realizou
É noite do amor
O Menino Deus nasceu


sábado, 20 de dezembro de 2014

Entre alguns sorrisos

Era o abraço que sempre queria
E nenhuma despedida chorava
Entre os sorrisos o desejo de paz

Olhava com olhares sempre atenciosos
E acredita que o acaso era impossível
Entre os sorrisos o despertar adormece

Poucos amores conseguem amar o amor
E depois dos sonhos a realidade chora
Entre as pessoas o bem é uma ingratidão

Ruas que conhecem a noite escondem verdades
E com poucas esperanças a esperança vegeta
Entre as agendas o encontro é uma expectativa

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Desejos de felicidade

Ele queria ser rei
Mas não tinha súditos
Ele queria ser santo
Mas não tinha caridade
Ele queria ser famoso
Mas não tinha talento
Ele queria ser professor
Mas não sabia ensinar

Ele queria ser feliz
Mas não sabia sorrir
Ele sorria para o espelho
Mas não queria se ver

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

E de repente é noite!

A noite deseja boa noite
E de noite a noite quer dormir

A noite é a paz de um espírito que ama
E de noite a noite quer amar

A noite deixa livre os pensamentos
E de noite a noite sonha

A noite é a solidão que se quis ter
E de noite a felicidade mente

A noite canções deixam habitável a sala
E de noite a espera tem sua espera

A noite é solitária e sempre espera convite
E de noite os olhos choram

A noite dezenas de tempo tem tempo para saborear
E de noite nenhuma lembrança morre

A noite é uma despedia do dia
E de noite todos sorriem para o mesmo sorriso

A noite é o prelúdio do dia
E de noite se despede da noite

A busca

Uma emoção do fim do mundo
Uma emoção ao fim do mundo
Uma emoção no fim do mundo

Uma emoção nova e simples
Uma emoção surpreendente
Uma emoção que transforme

Uma emoção que deixe a lágrima cair feliz
Uma emoção que acorde o dia e faça sorrir
Uma emoção que preencha os sentimentos

Uma emoção que acorde os acordes do violão
Uma emoção que leve aos aplausos vaidosos
Uma emoção que emocione a inquieta alma

Uma emoção que a fé compreenda
Uma emoção que os céus se sirva
Uma emoção que as preces aceite

Uma emoção que a alegria esteja presente
Uma emoção que jamais acabe no adeus
Uma emoção que o coração se surpreenda

Uma emoção que na rua encontre os sentidos
Uma emoção que diga palavras desconhecidas
Uma emoção que se brinda pela festa do acaso

Uma emoção que emocione
Uma emoção que encante
Uma emoção de viver

Poema inspirado na canção "Socorro" de Arnaldo Antunes e Alice Ruiz

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Páginas de um sinônimo qualquer

A história é uma algema que confunde os operários
Deixa inquieto e perdidos os olhares mais distantes
Muitos abraços são gritos de um socorro anônimo

Jogos com palavras confusas perpetuam a insatisfação
As mãos da criança que abraça desconhece o adeus
Uma casa de poucas janelas azuis não esconde o sol 

As lembranças são presentes ingratas para o dia que nasceu
O tempo que foge ignora o tempo presente que adormeceu
Nas ruas da cidade histórias nascem e morrem diariamente

Crianças felizes e homens com fé
Homens felizes e mulheres de fé
Mulheres felizes e crianças com fé

Nenhuma verdade é a verdade de todos
O sonho de um pai é a triste realidade
Lindas flores na mesa pedem perdão

Algumas anotações deixam no presente o passado do amanhã
Em muitos sorrisos ninguém desconfia da tristeza doentia 
Preces são sinônimos de uma esperança da fé de quem acredita

Muitas palavras não conseguem sorrir para o olhar esperançoso
Paixões que empobrecem o espirito são confissões incrédulas 
O bom dia de um dia não expressa a verdadeira intenção interior

As páginas de um livro nunca confessam seus pecados
Só as histórias faladas são histórias perdidas e vividas 
Emoção é o estorvo que nunca deixa a alma morrer

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Trindade de um homem poeta

A vida não foge da regra
Verdades são memórias esquecidas
Os poetas são homens que amam

O medo são desculpas incertas
O amor é sempre um sorriso sincero
Os poetas são homens que sonham

A estrela que guia não conhece a despedida
Vozes que cantam a saudade são alegres
Os poetas são homens que choram

Para Philip Mansueto (03/12/14)

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Verdades de lindas histórias

Muitas pessoas são felizes e não sabem
Todas as mães sorriem com lágrimas
Nenhuma paz é por completa gratidão

A fé de um jovem não pode ser negada
Os caminhos são segredos da alma
A porta fechada não esconde a intenção

Lindas histórias de tristes verdades
Tristes verdades de lindas histórias
Lindas e tristes histórias 

Tristes histórias de lindas verdades
Lindas verdades de tristes histórias
Tristes e lindas verdades

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Anotações

A vida é um encontro de estrelas no céu
A beleza existe mas poucos admiram 
Nenhuma estrela é infeliz por brilhar

A chuva que chove deixa a tarde saudosa
As palavras são despedidas da realidade
A imagem é um pouco do vendaval do sul

Heranças que largam as mais inocentes histórias
Sambas que confessam as chaves do coração
Velhos extintos que sorriem para o presente

Quantas inúteis fogueiras o abraço escondeu
O amor é um sofrimento alegre da poetisa
Microfones desligados sublimam a respiração

Apenas o maestro ficou sozinho na mesa do bar
Algumas cantigas são como saudades invejadas
Há vidas que no amanhecer do dia querem dormir

O arvoredo olha escondido pela janela o bom dia
A multidão não percebe a solidão em contramão
No porão da alma o amor é mais uma esperança

Muitas calúnias são verdades dos aplausos
Quantos carinhos são comprados para sorrir?
O orgulho esquecido é o alimento da alma

Quantas feras foram feridas pelo exagero?
O olhar que se vê é sempre um olhar
Quantos exageros são vitimados pelo olhar?

O mar é apenas um pedido de liberdade
A canção é apenas um grito de socorro
O homem que sorri tem medo de chorar

Nos dedos da criança que constrói seu palácio na areia da praia
Os fantasmas observam e se alimentam pelos olhares perdidos
Os pais são as primeiras vítimas do seu amor incondicional

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Livre sorriso

Um sorriso verdadeiro é um sorriso livre
Que não tem medo do medo de sentir
Que acredita que o tempo é a felicidade

Um sorriso verdadeiro é um sorriso livre
Que se contagia pela beleza da gratidão
Que louva a vida pelo dom de viver

Um sorriso verdadeiro é um sorriso livre
Que não esconde as lágrimas da vida
Que nunca deixa a força do não prevalecer

Um sorriso verdadeiro é um sorriso livre
Um sorriso livre é um verdadeiro sorriso
Um livre sorriso é um sorriso verdadeiro 

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Condições de um sorriso na noite

Com todos os corações ocupados
O tempo de espera é infinito 
E não há mais vagas para sorrir

Noites que festejam apenas sonhos
E não deixam despertar o presente
Paredes são testemunhas do olhar

Mulheres que acreditam esperam 
Homens que acreditam esperam 
A canção não acredita na realidade

Livros são desculpas para a falsa amizade
E nas mãos vazias a espera ansiosa do dia
Centavos na mesa despendem-se da noite

Economia de valores

Santos vivos
Igreja santa
Economia de valores

Freud morreu
Morais eternas
Economia de valores

Jovens velhos
Velhos jovens
Economia de valores

Verdades desconhecidas
Passado presente
Economia de valores

Doentes felizes
Métodos contemporâneos
Economia de valores

Pecado alheio
Sacrifício santo
Economia de valores

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Amar com olhos ocultos

O bem é uma grande caixinha de surpresas
É Pandora que guarda os meus segredos
E depois do fim do dia a saudade brinda

Quem conhece a luz do dia não se permite
Pobres homens são felizes em qualquer bar
Com poucos abraços os olhos são lavados

Todos os dias existem pessoas que sorriem
Com esperança as flores no jardim florescem
O vento liberta os pensamentos mais ocultos

Amar o amor é sentir o mais leve sorriso
Há mulheres que não conhecem o seu  poder
Falsas palavras deixam o adeus mais dolorido

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Paradoxo

A vida é um brinde para a morte
O sorriso que chora é angustiante
As mãos que abraçam dizem adeus
Os pais tem medo do seus filhos

O dia que brilha esconde o brilho da noite
Alegrias são consumidas com toda piedade
Em poucas horas muitas vidas são vividas
Cidades de gente com almas vazias choram 

A verdade que mente é uma mentira verdadeira
Muitas mentiras para poucas e loucas verdades 
Com muita fé a caridade não é comungada
O asfalto na rua esconde sonhos inocentes

Olhar o que se permite é perceber o que não se quer
Perceber os olhares perdidos é encontrar respostas
Encontrar almas por um olhar é sorrir para o destino
O destino olha as respostas que as almas encontram 

Para Bruno Santana Aguiar (03/11/14)

Inata alma

A alma é um desejo inculto
A única verdade que existe inata
A resposta mais verdadeira do olhar

Nenhum ser é maior que sua própria alma
Pensamentos insanos que permitem respirar
Natureza viva de quem sobrevive a vida

A alma que existe inata não consegue morrer
A única verdade do olhar é o solitário travesseiro
Nenhum pensamento sobrevive sem a alma

A resposta que existe é um desejo inculto
A alma é a única resposta de quem vive
Natureza humana sobrevive em silêncio

domingo, 2 de novembro de 2014

Saudades do outro lado

Há uma saudade que nunca termina
Lembranças que nunca se apagam 
Pessoas são eternas nos sentimentos
O amor sobrevive na ausência

Do outro lado o lado é mais humano
E de nossa fé a fé da eternidade
Lágrimas registram a história
O amor é um dom para sempre

Deixar no presente boas lembranças é a essência 
Quem vive a vida sem desistir jamais morrerá
A ausência do agora são os sorrisos do passado
É o amor que nos torna eternos e felizes para viver

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

As intenções de um qualquer

A espera é sempre conflitante e o desprezo humilhante
Nenhum dos homens consegue viver sozinho na noite
Nenhuma das mulheres sorri para o vazio de sua alma

Quando o dia termina antes da noite
Os pássaros perdem seu canto suave
E as estrelas sozinhas no céu brilham

Pelos poucos sorrisos que as crianças festejam
As mães são sempre as protegidas pelo seu amor
O amor é a compaixão de uma paixão doentia

O céu não esconde as verdades do dia
Os olhares entendem as palavras indiscretas
O perdão é a mais nobre de todas as fraquezas

Flores artificiais eternizam uma falsa beleza ingênua
Muitos asfaltos quebrados conseguem suas proezas
Os barulhos que anunciam a manhã são aterrorizantes

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

O medo

Quantos medos tenho medo de sentir?
E depois de alguns sorrisos chorar
E deixar o mais íntimo minar

Quantos medos tenho medo se sentir?
E acordar sem o sol que esperava
E andar por caminhos sem rumos

Quantos medos tenho medo de sentir?
E amar os amores com um único amor
E dormir no frio da noite a saudade

Quantos medos tenho medo de sentir?
E brindar a vida com um abraço
E cantar as belas canções de Caymmi

Quantos medos tenho medo se sentir?
E sentir o medo mais absurdo e sorrir
E anotar com as lágrimas a liberdade

Quantos medos tenho medo de sentir?
E com quantos sentimentos eu posso me conhecer?
Será que nas pessoas eu consigo te perceber?
O medo é a brasa que nunca apaga a razão

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

O pescador e sua alma infeliz

No mar muitos segredos são revelados
Não se pode mudar o olhar humano
Aplausos são brilhos que se escondem

Muitas armadilhas poderosas são confiáveis
As pedras na estrada denunciam a história
Figuras de um palhaço que chora sua alegria

O porto é a  a liberdade do pescador
O porto é a despedida de todos os medos
O porto deixa o mar mais misterioso

Muitos mares não conseguem perceber o brilho do sol
No fundo do mar há histórias repletas de beleza e dor
Algumas mulheres deixam suas lágrimas na beira do mar

Na chegada a despedida é sempre um pedido de desculpas aceitas
Dezenas de flores não fazem esquecer as lágrimas derramadas
Vitórias são apenas boas lembranças de quem aprendeu a chorar

O mar é o apelo da ansiedade de quem tem sua raiz do lado de fora
Pelos abraços as mãos conhecem o verdadeiro sentido da saudade
A inculta ingratidão é a ferida mais inconsequente da alma infeliz

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

CAMISA VERDE

Que o amor seja completo
E que no final a chuva faça a sua missão
Nada existe além dos olhos abertos

A consciência é o perdão do medo mais exposto
Nenhum homem acredita nas palavras cantadas
Depois do fim o início renova um novo fim

Os poderes são sempre necessários para sorrir
Alguns poderosos são felizes nos corredores
Os cidadãos acreditam na culpa do jornal

A justiça acontece diante da verdade
O escravo sonha escondido com a verdade
A mulher gera a vida quando ama

Que seja completo o amor
Estrangeiros valorizam a beleza nativa
A beleza negra é escandalosamente linda

O bem é sempre um fruto bom
O amor deixa o sorriso mais belo
O poder é tênue para os dois lados 

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

A liberdade da eternidade

Olhar a vida pelos corredores é sempre mais emocionante
No palco os aplausos são mais confortantes e conflitantes
Na vida as emoções são sempre as surpresas mais necessárias

Olhar a vida pelos olhares mais improváveis é um instinto
É uma arte corajosa dos loucos mais sensatos pela vida
As vírgulas do caminho não deixam chegar no ponto final

Homens que brindam o final do dia fogem do silêncio
Mulheres que sonham os sonhos mais lindos e sorriem
Pessoas são sempre pessoas insatisfeitas com a verdade

Paredes que falam acabam falando de pessoas que passaram
A eternidade das emoções são os medos das alegrias não vividas
Palavras inocentes são o auge da mais tímida das verdades

No quarto um mundo que o mundo não conhece
No livro uma verdade que a verdade não conhece
O quarto e o livro são algemas para a liberdade 

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

O bem da própria identidade

Certas verdades são difíceis de engolir
Certas mentiras são fáceis de aceitar
Os homens acreditam em suas preces
Os homens não percebem o dia

Certas verdades são difíceis de engolir
O tempo é sempre o consolo dos justos
Certas verdades deveriam ser mentiras

Certas mentiras são fáceis de aceitar
Um sorriso triste é uma lágrima escondida
Certas mentiras deveriam ser verdades

A mentira que se esconde na verdade é tortuosa
A verdade que se esconde na mentira é ingrata
A verdade e a mentira são irmãs do mesmo bem
A mentira e a verdade são irmãs do mesmo mal

Certas verdades são fáceis de aceitar
Certas mentiras são difíceis de engolir

domingo, 28 de setembro de 2014

Utopia

A esperança é o encontro do sonho com a realidade
O relógio sempre anuncia o presente
As estradas são caminhos que existem

As almas deixam vivas as vidas que nelas existem 
O oposto do oposto é o início da sentinela
A cruz do altar é a verdade de fé

Sorrisos sorriem nas mais dispersas esperanças
As partidas são chegadas necessárias
Nenhum bem é um bem necessário perdido

O pássaro marrom ainda sobrevive com seus instintos 
As frutas no sertão são mais saborosas
Uma verdade no coração é a prisão da liberdade

São esperançosas as esperanças cheias de utopia
Doces esperanças são recheadas pelo amargo chocolate
Perdão é sempre necessário para a utopia ter esperança

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Tratado do amor

O amor é o mais simples das contradições
É a mais bela de todas as mentiras
É o mais fácil de todos os erros

O amor é a mais feliz de todas as tristezas
É a mais linda de todas as tentativas
É o mais pobre de todas as riquezas

O amor é a mais encantadora das tentações
É a mais linda de todas as belezas
É o mais nobre de todas as realezas

O amor é o mais exigente de todos os sorrisos
É a mais encantadora das obras de arte
É o mais inculto dos letrados

O amor é o desejo de ser o ser mais feliz
É a canção mais inspiradora
É o fim que nunca teve começo

O amor é a mais pura verdade de quem não acredita
É a mais grata de todas as ingratidões
É o mais completo de todas as medidas

O amor é a noite com estrelas e um luar
É a dança que no compasso se dança
É o olhar de uma criança assustada

O amor é o abraço mais sincero de si mesmo
É a aposta mais incoerente de alguém
É o descaso do acaso numa infinita insatisfação

O amor é o que jamais se sabe daquilo que deveria saber
É a loucura mais sensata de todas as insensatez
E o azul mais belo do mar de Florianópolis

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Convite ao convite das flores nos degraus

O passado é o encontro do mais florido presente
As preces são sempre as mesmas que ninguém reconhece
A consciência é perdida diante de todos as estrelas da noite

Nas ruas as pessoas caminham para fugirem do caos
Por poucas coisas as coisas se tornam essenciais
Todos os degraus são apenas degraus que existem

Livros velhos são novos saberes para os homens do quarto
Relógios enganam a mais pobre das pobres pobrezas
Poucas roupas escondem o pouco que jamais se perdeu

Livros novos são velhos saberes para as mulheres no quarto
Sapatos vermelhos derramam olhares para quem não os vê
Muitas roupas escondem o muito que jamais se perdeu

Confissões de um amor que transcende

Aplausos para o mais singelo sorriso
O amor transcende a própria alma
Deixa o último ser eterno
Deixa o ultimo ser o último

O mais singelo sorriso transcende o amor
A própria alma transcende o amor
Deixa o último ser o último
Deixa o último ser eterno

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Os desejos de um querer que sempre se quer

Quero "Brincar de viver" com Bethânia
Quero a bossa de Caetano
Quero sentir o "Simples carinho" da Ro Ro
Quero a "Vitoriosa" de Ivan
Quero ter a "Satisfação" de Lulu
Quero agora a "Saga" do Catto
Quero chegar as "Esquinas" com o Djavan
Quero achar todos os "Versos perdidos" do Baleiro
Quero que tudo seja "Tudo novo de novo" com Moska
Quero pular "O muro" do Vianna
Quero o "Efémero" da Ruiz
Quero ver todas as "Digitais" da Taviani
Quero saber "Tudo sobre você" da Duncan
Quero curar as "cicatrizes" da Joanna 
Quero sair "À francesa" com a Marina
Quero fazer "A festa" com a Rita
Quero tomar um "Café com Leite" com o Martinho
Quero aguardar a "Resposta ao tempo" com a Nana
Quero todos os "Encontros e despedidas" com o Milton
Quero vasculhar o "Baú" da Vanessa
Quero a "Bela flor" da Gadú
Quero entender o "Universo ao meu redor" com a Marisa
Quero voar com a "Asa morena" da Zizi
Quero ser o "Palpite" da Rangel
Quero sentir "O gosto da criação" do Ramalho
Quero todos os segredos das "Juras secretas" da Simone
Quero ouvir o "Desafinado" do João
Quero ler o "Querido diário" do Bosco
Quero o "Sim" do Nando
Quero completar "A lista" do Montenegro
Quero entender o "Coração leviano" do Paulinho
Quero o "Poema" do Ney
Quero ver o "Folhetim" com a Gal
Quero sair no "Expresso 2222" com o Gil
Quero saber "Quem de nós dois" para Ana
Quero "A felicidade" do Tom
Quero a chance do "Segundo sol" com Eller
Quero que "Entre e ouça" com o Ed
Quero um "Banho de cheiro" com a Elba
Quero todo o "Exagero" da Elza
Quero que saiba "Do fundo do meu coração" com o Tremendão
Quero todas as vidas do Chico

A COVARDIA DOS POUCOS QUE ACORDAM

O dia acorda e no bis a corda do violão quebrou
Não canta mais o cantar das antigas e belas manhãs
Deixa o mais nobre dos nobres sentar-se a mesa
Navega nos mares mais silenciosos dos seus olhares

A corda do violão quebrou e o dia acordou
Uma saudação é a espera do outro "bom dia"
Pequenas anotações anotam emoções grandiosas
Loucas loucuras de um louco qualquer que desperta

A senha da vida é o acaso pensado no acaso da vida
O livro que lê é a leitura de quem lê o livro
A chave que abre também aprisiona os mesmos porões
Poucas horas das horas que nunca chegam nesta hora

Em poucos instantes o pouco que sobra é sempre tão pouco
Em muitos sorrisos os risos que riem são sempre tão poucos
Em alguns olhares os olhos que olham são sempre tão poucos
Em alguns abraços os braços que abraçam são sempre tão poucos

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Os clássicos

A felicidade é a razão do inconsciente que não se engana
Perguntas respondem as verdades que eram mentiras
Oráculos são desculpas do nosso íntimo para viver

Dentro da caverna os homens eram felizes e sorriam 
O ideal agora é o oposto do real que no oposto é o ideal
As aparências e as essências são irmãs de mães desconhecidas

O bom senso é o senso da virtude que da felicidade refaz
A lógica é a premissa de dois acertos que no acidente nasce
A razão é o animal que humaniza e nos leva a potência do hoje

O socorro do lógico

Os óculos escondiam o mais belo do olhar
Os sorrisos eram apenas convencionais
Os abraços sempre foram poucos

As mãos não sabiam se cumprimentar
As roupas sujas agora eram desculpas
As pernas não saiam mais do lugar

O relógio não chegava na hora marcada
A cintura fugia a regra do bom senso
Os dedos não tocavam mais o céu
As unhas cortadas sentiam-se enganadas

domingo, 17 de agosto de 2014

A ausência do motivo maior

A vida tem vida própria
O complexo é apenas o avesso do óbvio
Na ausência do bem o mal virá bem

Cada ser é um ser diferente
Ele acredita que se pode acreditar
Ela sonha que nunca mais vai sonhar

A noite vem com estrelas escondidas
O sol não é uma estrela perdida
As pilhas acabaram naquele momento

Uma xícara vazia alimenta os pensamentos
Duas imagens transgridem a sorte
Caderno com uma lição já resolvida

Livros empoeirados são o consolo das mãos
Uma caneta azul espera seu momento
A chave da casa e do carro se misturam

Rei

O rei ainda não surpreendeu
A luz ainda não brilhou
A vida não se superou

As grades não deixam o sonho voar
As leis não mostram a beleza que há
O rei ainda vive em seu castelo sozinho

O rei reina para os corpos vazios
O súdito acredita que o rei é feliz
A inveja do rei faz  do súdito infeliz

As asas são cortadas pelo rei que não sabe voar
As palavras são perdidas por migalhas de um lixo
O rei já não sabe como sorrir no espelho do quarto

O novo rei já é velho
Já é velho o novo rei
O velho rei é novo...
É velho o novo rei...
O rei tem seu reinado para ser um rei

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

O prelúdio de janeiro

Nunca existe o fim quando não se termina o começo
O mês de janeiro é o fim de mais um mês que acabou
Ponteiros do relógio logo voltaram para o mesmo lugar
Nos quinze primeiros minutos ninguém é triste o suficiente
Muitas roupas coloridas despertam o inusitado nos turistas

Nunca o começo de janeiro acabou
Ponteiros nos quinze despertam o inusitado

É triste o começo quando já se conhece o fim
Despertam as mesmas lembranças nos turistas

Roupas coloridas mostram o prelúdio dos ponteiros
O mesmo lugar e suas gerações veneram o horrível
Em janeiro o mesmo lugar festeja o fim conhecido
Nunca o amor é o complemento de quem se ama
Suas mãos viajam para um oásis (des) conhecido

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

A fé do santo no altar

O santo que fazia os altares era o mais santo de todos os santos
De todos os santos o que fazia os altares era o mais santo
O que fazia os altares era de todos o mais santo

A prece intercede pela criança que sofre sem saber o motivo
Sem saber o motivo a prece intercede pela criança
A prece da criança é o motivo da prece

O que fazia os altares era de todos o mais santo
Ele acreditava nos santos que nem conhecia
Beijava os pés e desejava uma prece

De todos os santos o que fazia os altares era o mais santo
Nunca deixou de acreditar na fé
E mesmo sem fé a fé existia

O santo que fazia os altares era o mais santo de todos os santos
A prece era pequena e cheia de fé
Cheio de fé o santo acreditava nos santos

terça-feira, 12 de agosto de 2014

A luz do cotidiano obscuro

A luz é escura, obscura
Nada é mais triste que a verdade que não nos pertence

Obscura é a luz
Prudência e medo convivem na sútil linha da consciência

A luz é escura, obscura
O conto é um novo ponto que transfigura nas escolhas

Obscura é a luz
Luas de inverno não são autênticas no olhar do admirador

A luz é escura, obscura
O vermelho e o branco são esperanças de qualquer jovem

Obscura é a luz
As roupas e os pires são limpos pelo silêncio de dois estranhos

A luz é escura, obscura
O verde e roxo é o arroz e a surpresa conhecida do cotidiano

Obscura é luz
Que nunca quis apagar as mais singelas e bonitas homenagens

A luz é escura, obscura
Sonhar um belo sonho que não se pode deixar de viver e ser

Obscura é a luz
Viver uma eternidade que nos sonhos não era sonhada e ter

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

O senhor de seus segundos

A bela voz da artista que canta uma canção na perfeição
O senhor que sempre sorria pensou no que não o faz chorar
Pensou em um pássaro que com suas asas quebradas chorava
Pensou nos homens mais felizes que nunca brincaram de ser feliz
Pensou em alguns segundos que jamais poderiam ser passado
Pensou que o dia é uma noite escondida

Na perfeição da artista que canta a canção
Fez chorar o senhor que sorria
Chorava as asas...
Feliz brincaram...
Passado...
Escondida pensou uma noite...

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Mãos humanas e desconhecidas

A piores de todas as dores é a dor da incerteza
É  a mais nobre das pobres fraquezas humanas
As mais impossíveis das possíveis certezas

Hoje é um presente roubado dos mais simples sonhos
Belas flores deixam o jardim mais feliz
Mãos perdidas de certezas

Garotos olham o movimento sempre igual no final do dia
Ruas vazias pelos encantos do desconhecido
Pessoas perdidas e humanas

Estrelas são estrelas nas noites que encontram olhares
Nenhuma história é repleta de felicidades
Um brinde as incertezas

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Treze luas

A lua que ilumina não aquece a noite fria
Treze segundos que parecem dias perdidos
Lugares abertos de um sinal sem atenção verde
Gente que ama gente e não percebe as pessoas

Homens e mulheres sorriem para ninguém
Pobres crianças de um futuro condenado
Mulheres inteligentes sorriem sozinhas 
Idosos choram a alegria do presente

Portas fechadas não mostram o interior
Janelas abertas escondem vários medos
Lençóis dobrados são infelizes
Mãos trêmulas não abençoa a paz perdida

quinta-feira, 3 de julho de 2014

O DESPREZO DA MÁGOA

Os anos nunca prometeram nada
As despedidas são sonhos não vividos
A certeza apenas alimenta a incerteza
A confiança é a maior das decepções
As lembranças são confianças incertas

Os versos do dia eternizam melodias
O amor sobrevive em gotas de segredos
A melodia no segredo canta seus sonhos
A cor e o amor não são os mesmos nas palavras
As flores no jardim amam sem medo

Os momentos são lembranças em cada olhar
O sorriso em  cada sorriso leva a mágoa
O momento é eterno em cada esperança
A história de amor abandonou as alegrias
As quatro estações jamais abandonou as lembranças

Inspirado no poema "Mágoa" da poetisa Geni Bertoni Nimtz
(www.genibertoni.wordpress.com)

domingo, 22 de junho de 2014

Hoje é treze minutos

Hoje a criança chega da escola cansada
Beija seus pais e vai viver sua liberdade
Treze minutos que são eternos e felizes

Hoje o jovem carrega o sorriso de uma criança
Acredita que a simples diferença não leva a diferença
Treze minutos de um sonho que nunca acordou

Hoje o adulto olha a sua própria história
Festeja o parabéns mais inocente que recebeu
Treze minutos de um homem que acordou

Hoje o idoso acredita no futuro
Brinca com o passado e suporta o presente
Treze minutos de uma vida cheia de sonhos

quinta-feira, 5 de junho de 2014

O Íntimo na intimidade

Ao mais íntimo dos Íntimos a alma deseja
Deseja o sorriso mais doce de paz
Paz que se faz na noite silenciosa do dia
Dia que se consagra do coração palpitoso

A mais bela voz eleva os pensamentos ao céu
Céu que se apresenta de forma simples e feliz
Feliz é o íntimo que ama o mais Íntimo
Íntimo que se permite ser íntimo na intimidade

Ao despertar o dia a noite dorme
Dorme o mais intimo no Íntimo conhecido
Conhecido se faz conhecer o que era desconhecido
Desconhecido o íntimo não permetia se permitir

Suplica ao céu a noite que dorme
O sorriso de paz feliz dorme
Silencioso o intimo dorme
Se consagra na intimidade o Íntimo

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Três olhares individuais

Deixo cada silêncio falar
Deixo cada certeza duvidar
Deixo cada sorriso chorar

É noite e a canção conforta o silêncio
É noite e a voz deixa apenas a certeza
É noite e a cada minuto fica o sorriso

O silêncio só existe quando consegue falar
A certeza se despede pelo olhar a duvidar
O sorriso é a mais feliz emoção ao chorar

O silêncio é a certeza do sorriso
Do sorriso o silêncio é a certeza
Da certeza o sorriso é o silêncio

terça-feira, 6 de maio de 2014

Segue o som n. 2

Segue o som que o caminho faz
Segue o som que não se conhece
Segue o som que liberta a alma

No íntimo mais íntimo o som transcende
Deixa viver a criança escondida que dormia
Vive os sentimentos mais humanos que existe

Segue o som que te faz feliz
Segue o som que te faz sorrir
Segue o som que te faz viver

Pessoas que se traduzem pelo som
O som que desperta novos sonhos
Novos sonhos que embelezam a vida

Segue o som que não existe
Segue o som que te consome
Segue o som que não é o seu

Amores existem para serem amados
Canções existem para serem eternas
Poemas existem para serem inspirações

Segue o som que não segue ninguém
Segue o som que só segue o tom
Segue o som que só quer ser o som
Poema inspirado na canção "Segue o som" da cantora e compositora Vanessa da Mata. 

sexta-feira, 21 de março de 2014

IDENTIDADE CRIADORA

Busco o mais claro de todos os sentimentos
O sorriso mais feliz de todos os sorrisos
A alegria mais alegre de todas as alegrias

Navego entre os mares mais calmos e transparentes
Caminho sobre o caminho mais longo e discreto
Olho o olhar do inocente que olha para sua mãe

Na força da manhã que nasce a beleza se apresenta
Na prece da oração mais simples se eleva ao encontro
Na realização do ser a plenitude da criação se completa