terça-feira, 29 de dezembro de 2015

A liberdade deserta da próxima página

A noite em seu silêncio desértico deixa feliz a esperança
No canto da parede um canto de lembranças
Na fotografia a sensação do presente que se amou

A cor branca deixa em anuência as taças quase vazias
E em um sorriso intrínseco os pêlos se misturam
Roupas ao chão despertam sonhos escondidos

Meias palavras são palavras pequenas de incômodas gavetas
Cortinas soltas escondem a natureza dos corpos inteiros
Lençóis testemunham a transparência de um sorriso

Em poucos espaços há memórias eternas
Em muitas memórias há poucas verdades
Em muitas verdades há inúmeras lágrimas

Na intimidade da alma uma liberdade se esconde
Nos abraços de um abraço a despedida se transfigura
Com muitas estórias o suicídio espera a próxima página

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