sábado, 26 de maio de 2007

POEMA: SOLIDÃO E SEU AMARGO INFERNO

A solidão é meu inferno
Nas vésperas de um amanhã no meio do mês
No mês de setembro a espera é mais dolorida
Nem mesmo Adriana conforta a alma de um pobre mortal

A solidão é um inferno
No calor da noite de inverno em janeiro
Nas estradas movimentadas algumas vidas para trinta dias
Nem outro beijo perpetuado ameniza os pêlos do corpo do homem educado

A solidão é no inferno
A solidão é um inferno
A solidão é meu inferno

Alguns milhões de identidade não me acham no quarto
É na solidão que o medo deixa a noite mais escura
Doce mentira em alguns livros conjugados pelos doutores
Casa de vidro em um mar revolto

Minha solidão é um contexto platônico
Amarga Filosofia de alguns inúteis
Sensibilidade perdida nas calças de jeans sujas de lama
Travessuras de mulheres sempre amadas por maridos cansados

Maria é um nome de mulher quase solitária
Marisa é poeta de samba em rádio quase desativada
Mariana é senhora da noite em seu quarto de passageiro
Maria, Marisa e Mariana são mulheres solitárias

Marli é religiosa nas horas livres
Marta é cunhada de três homens bonitos
Margarida é uma flor com espinhos maquiados
Marli, Marta e Margarida são mulheres solitárias

A solidão é meu inferno
A solidão é um inferno
A solidão é no inferno