sábado, 17 de outubro de 2009

O BANHO DE ARISTÓTELES

A chuva lá fora interfere pensamentos
Pensamentos que o próprio pensar não consegue
Sua melodia não modifica a causa eficiente
Busca-se movimentos alheios ao próprio ser
(Será talvez um acidente!?)

A chuva lá fora interfere pensamentos
Causa uma sensação de potência no ato mutável
Enriquece o tempo descoberto pelos internautas
(Será talvez um acidente?!)

A chuva lá fora interfere pensamentos
Transgride qualquer noção do bem ou do mal
(Será talvez um acidente!?)

A chuva lá fora interfere pensamentos...
(Será talvez um acidente?!)

sexta-feira, 8 de maio de 2009

APRENDENDO

O que dizer da mulher que simplesmente disse sim ao mistério da vida? E assim mesmo não sabendo o que lhe esperava consegue criar nas incertezas motivos para não desistir;

O que dizer da mulher que poupou seus sonhos mais íntimos e ajuda de forma escandalosa a criar outros tão diferentes? Uma troca insana que anestesia certezas indispensáveis pelo indispensável desejo de fazer sempre o seu melhor;

O que dizer da mulher que faz das intempéries da vida uma obra de arte incalculável? Que aprende a chorar por meio do sorriso tão acalentante que ajuda há vencer o dia no dia-a-dia;

O que dizer da mulher que sempre compreende e nem sempre entende as coisas mais absurdas que lhe fazem? Sempre acredita na vitória ainda que distante para aquele que um dia disse sim;

O que dizer da mulher que sabe sintetizar o passado e o futuro no agora momento que o conduz? Sentir-se recompensada no abraço corrido ou no beijo cansado daquele que provavelmente nem entende e isso lhe basta para ser feliz;

O que dizer da mulher que sabe perdoar até o imperdoável? Vê o amanhã de uma forma segura e coesa, não conseguindo cruzar os braços nem mesmo nos domingos e feriados;

O que dizer da mulher que se transforma em pai? Em conselheira? Em amiga? Em exemplo? Em trabalho? Em essência? Em...
Para essa mulher que todos nós aprendemos a chamar de MÃE, não podemos dizer algo mais simples e grandioso do que um verdadeiro MUITO OBRIGADO!

terça-feira, 7 de abril de 2009

CONSUBSTANCIAR

Os espanhóis são felizes na madrugada
Quando as nuvens de chuvas se esvaziam
(o sentido mais insuportável da pobreza renasce)

Nos andares subterrâneos da catedral latina
Milhões de histórias esquecidas pelo presente
(canções e canções vazias pela ignorância socrática)

Doze dias se passaram e nenhuma flor resistiu
Fugiu as emoções doentias do amor paterno
(primogénito não associa as luzes naturais nociva)

Terremotos nas casas de verde-branco-vermelho
Musicalidade que representa almas glorificadas
(sem o passado o presente não construi seu futuro)

Filhos que abençoam os pais por obrigação
Não sintetizam emoções vitais dos humanos
(quase um milhão de brasileiros perdidos)

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

MONICALIDAZE DOS ENFERMOS

Na espera do tempo a noite é convite (in) discreto
As estradas dos anônimos não silenciam os desprezos mais ocultos
Brincam os menores sem saberem dos motivos, sem entenderem
Mãos abertas para a sorte de poucos vistos do outro lado da rua
Camisas sujas não refletem o registro e o sonho de quase todos
Na espera da noite o tempo é um convite (in) discreto

Na espera da noite o tempo tornou-se uma obrigação dispensável
Acredita-se nos altares quase mortos pelos exemplos não vividos