É doce uma noite em dupla companhia
O pensar de iguais modelam as paredes brancas
É noite e todos sonham até quase amanhecer
O indivíduo mais indispensável dorme
É certo o espaço diminuido entre o calor dos corpos
O respirar é ofegante
Mesa de vidro
Flores amarelas
Televisão desligada
Roupas ao chão
Lençol desarrumado
O poeta se modela
O poeta se concerta
O poeta se identifica
O poeta se normatiza
As mãos do poeta são mágicas
São mágicas as mãos do poeta
Lençol desarrumado
O respirar é ofegante