sexta-feira, 21 de setembro de 2007

AS MÃOS DO POETA

É doce uma noite em dupla companhia
O pensar de iguais modelam as paredes brancas
É noite e todos sonham até quase amanhecer
O indivíduo mais indispensável dorme
É certo o espaço diminuido entre o calor dos corpos
O respirar é ofegante

Mesa de vidro
Flores amarelas
Televisão desligada
Roupas ao chão
Lençol desarrumado

O poeta se modela
O poeta se concerta
O poeta se identifica
O poeta se normatiza
As mãos do poeta são mágicas

São mágicas as mãos do poeta
Lençol desarrumado
O respirar é ofegante

Um comentário:

Anônimo disse...

A singela harmonia presente neste poema têm o movimento que é invisível aos olhos e nítido ao sentimento.Eu diria ainda mais do poeta: Ele é um pássaro que sobrevoa o abismo do sentido da vida humana e de seus vôos escreve estimulando outros a voarem como ele...