Ao tempo que se perde, perde-se a memória
Todas as pessoas se envolvem de forma intensa
Busca-se o mais íntimo do íntimo no corpo
As calças sujas acabam por ficarem perdidas na sala
Em todos os olhares o olhar é mais constrangedor
Os abraços são abraços intimistas
Na fraca luz que envolve as curvas do corpo alheio
O todo te pertence por algumas respirações
Fontes de desejos inspirados no mais particular de si
Quando se foge ao encontro do próprio eu
O medo do achar-se se completa na outra saída
Felicidade alheia que não lhe pertence
Belos homens felizes que já sabem a hora do fim
Belas mulheres que serão sempre infelizes
Belas lembranças confusas de seu próprio corpo