segunda-feira, 6 de setembro de 2010

LEMBRANÇAS DO FUTURO

Ao tempo que se perde, perde-se a memória
Todas as pessoas se envolvem de forma intensa
Busca-se o mais íntimo do íntimo no corpo

As calças sujas acabam por ficarem perdidas na sala
Em todos os olhares o olhar é mais constrangedor
Os abraços são abraços intimistas

Na fraca luz que envolve as curvas do corpo alheio
O todo te pertence por algumas respirações
Fontes de desejos inspirados no mais particular de si

Quando se foge ao encontro do próprio eu
O medo do achar-se se completa na outra saída
Felicidade alheia que não lhe pertence

Belos homens felizes que já sabem a hora do fim
Belas mulheres que serão sempre infelizes
Belas lembranças confusas de seu próprio corpo

2 comentários:

EMEF CÂNDIDO PORTINARI disse...

Como historiadora penso que a memória é a construção de um tempo que se desejou viver e não importa em que parte da linha do tempo ela está porque está sempre mudando.

Celso Augusto, O autor dos rebentos disse...

Oi meu amigo, sigo você, dê uma olhadinha no meu blog também, aproveite para seguir:

http://rebentoscelsotorrano.blogspot.com/